PESQUISAS ELEITORAIS
Ainda está para ser descoberta a utilidade da pesquisa eleitoral para a população. Talvez, elas tenham papel de propaganda eleitoral favorecendo a um ou outro candidato junto à opinião pública. Uma vez apurada as urnas os resultados não batem. Se as pesquisas forem reais e verdadeiras resta concluir que a pessoa não revelou sua preferência política e desconversou. Outra hipótese seria que as pessoas foram verdadeiras, mas os institutos de pesquisa manipularam os resultados. Uma terceira hipótese, os eleitores mudaram de opinião na última hora e votaram no candidato contrário ao que haviam declarado na pesquisa.
São essas perguntas que surgem quantos os resultados aparecem. Há exemplos clássicos que podem ser citados nestas eleições, os candidatos ao Senado, Eduardo Suplicy em São Paulo, Roberto Requião no Paraná, Dilma Rousseff em Minas Gerais e evangélico Magno Malta – o “vice dos sonhos” do PSL, não se elegeram. Todos eram favoritos, primeiro lugar nas pesquisas.
A primeira pesquisa sobre o segundo turno, publicada pela Época em 08.10.2014, Aécio Neves largou na frente com 54% das intenções de votos contra 46% de Dilma Rousseff. Até o último instante Aécio considerava-se vitorioso para ver-se derrotado quando as urnas foram abertas.
Coincidentemente, quarta-feira (10), o Big Data, especializado em tecnologia de informação, publicou os mesmos resultados de 2014 para o segundo turno das eleições presidenciais deste ano, 54% X 46%.
Esses resultados mostram que Haddad teve crescimento de 17% em relação à votação de primeiro turno onde atingiu a 29% e seu adversário o acompanhou em 8%.
A pesquisa da Datafolha, encomendada pela Globo e o grupo Folha, apresenta resultados bem diferentes com Haddad crescendo 13% e o candidato do PSL 12%.
O crescimento de Fernando Haddad com números discordantes coloca dúvidas sobre a margem de segurança, método empregado ou público alvo para sua realização.
Os analistas políticos consideram que essas primeiras pesquisas seguem a tendência de votos obtidos no primeiro turno. Não houve tempo para os candidatos fecharem acordos e obter apoio para a reta final.
Restam duas semanas para o eleitor decifrar o destino que dará ao futuro do país. Uma parte do quebra-cabeça está resolvido, já conhece os novos eleitos para a Câmara dos Deputados e o Senado. O novo presidente eleito encontrará forte oposição nessas casas, seja quem ele for. O Congresso é uma representação da população que está polarizada entre o “Ele Não” e o “Ele Sim”.
As pesquisas não devem influenciar a opinião e sim as qualidades do presidente, principalmente, para restabelecer a concórdia nacional.
A nação mais necessita de trabalho, justiça, paz, harmonia, equilíbrio, temperança e diálogo, para que haja um só povo em uma só nação de brasileiros.