ACIMA DE TODOS
Há somente dois partidos políticos no Brasil, o petismo e o antipetismo, é a lição deixada pela última eleição presidencial.
A situação é semelhante à dos Estados Unidos, a bipolarização entre os partidos Democrata e o Republicano. Jair Bolsonaro seria o vitorioso Donald Trump e Fernando Haddad a derrotada Hillary Clinton em comparação com pessoas concretas. Segundo o pensamento científico francês o conhecimento nasce da analogia, de tal modo que, esse paralelo com o irmão do Norte não deixa de ter algum sentido.
Foi ensinado no passado e parece que aprendemos que “se é bom para os Estados Unidos é bom para o Brasil”. Em retribuição lá, também, se ensina que “o Brasil é um país do futuro e sempre será’.
Essa piada americana deve ter entusiasmado Trump.
Na noite de domingo (28), telefonou para Bolsonaro para cumprimenta-lo pela vitória e se comprometer a “trabalhar lado a lado para melhorar as vidas dos povos dos Estados Unidos e do Brasil”
O Brasil já tem feito sua parte nesse compromisso de trabalhar para o povo americano desde 1930 quando abandonou império Britânico e optou pela cultura e economia da terra da Coca-Cola.
Trump se estivesse, realmente, interessado deveria ser direto. Diria que trabalharia lado a lado para melhorar a vida do povo brasileiro. Se comprometeria a lutar para baixar os juros da dívida pública que consomem próximo a 50% do nosso orçamento cujos beneficiários principais são os próprios americanos. Simples assim, teria feito muito para melhorar a vida do povo brasileiro.
Trump já havia declarado “America First” (A América Primeiro) que é mais forte que “Brasil Acima de Tudo” de Bolsonaro. Talvez, o candidato tenha se dado conta da fragilidade e acrescentou “Deus Acima de Todos”.
A devoção nos acompanha desde a 1ª Missa do Brasil. Enquanto as águas do São Francisco não chegam está presente nas romarias da seca no Nordeste e continuará sendo refrão para os novos dias.
Também, não é uma novidade brasileira, o dólar é impresso com a frase “In God We Trust” (Em Deus Confiamos) e Trump, após ser eleito declarou ao repórter Aaron Rupar: “Deus tem um papel muito importante na minha vida”
Theodore Roosevelt, ex-presidente dos Estado Unidos (1933-1945), foi contra a impressão pois considerava que o nome de Deus não deveria ser colocado numa coisa vil, o dinheiro.
O dinheiro é o deus. Esse deus é o sistema que está acima do Estado, dos Estados Unidos, Brasil, Bolsonaro, Petismo e Antipetismo. O sistema financeiro internacional tem hegemonia mundial está acima de todos. Nele estão o Fundo Monetário Internacional (FMI), Banco Mundial (WB), Fórum Econômico Mundial (WEF), Banco Central Europeu (BCE), etc. Todos são enormemente poderosos, representam o Poder real e não de Governo como são os presidentes da República.
A luta que se trava nos EUA são notícias diárias, trata-se do controle do Estado tendo de um lado Donald Trump com a Casa Branca e de outro as instituições citadas do sistema financeiro internacional. Ambos, no entanto, são potenciais colonizadores dos Estado Brasileiro.
Se Fernando Haddad tivesse vencido as eleições Trump faria a mesma ligação telefônica que fez a Jair Bolsonaro, pouco importa o vencedor. São eles que estão com a mão na massa decidem o valor do câmbio (dólar). Poderiam atender Roosevelt e substituir a expressão de suas cédulas para “Em Dólar Confiamos”.
Enquanto os brasileiros saem aos tapas entre petismo e antipetismo, acima de todos está o dólar.