A LEI DO MAIS FORTE

A LEI DO MAIS FORTE

A democracia, este sistema político adotado no Brasil, exige a obrigação de aceitar o rodízio de partidos no poder. Nas últimas eleições com a vitória de Jair Messias Bolsonaro seu partido, o PSL   substitui o PT após 13 anos de governo. Uma frase de propaganda da campanha vitoriosa afirmava, “é bom Jair se acostumando”. Agora ela passa a ter a força de uma ordem para todas cidadãs e cidadãos. A partir de 1º de janeiro, com a posse do novo Presidente da República, inicia-se a nova fase de mudança política no país.

Para Stephen Hawking, célebre físico britânico morto recentemente (14/03), “Inteligência é a capacidade de se adaptar à mudança”. Outro britânico mais antigo, o naturalista Charles Darwin, pai da Teoria de Evolução das Espécies, enunciou uma lei severa para os seres vivos nas mudanças: “adapta-se ou morre”. Tudo indica que pela inteligência, bom senso, circunstância da realidade ou sobrevivência é bom já ir se adaptando conselho ao qual não escapa o próprio Presidente Jair.

Mas, adaptar-se, exatamente, a quê?

A nação se encaminha para levar uma vida de tradição conservadora. O novo modo de vida será marcado primeiro pelo livre mercado com predomínio da economia financeira internacional. Segundo, pela moral judaico-cristã representando 70% da população. Terceiro, pela lei, a ordem e a disciplina tomada pelo sentido de que o lugar de bandido é a cadeia.

Na vida real significa aceitar a liderança de Trump, dos Estados Unidos e dos grupos financeiros norte-americanos nos destinos da economia nacional. Bolsonaro aprova esse mando, bate continência à bandeira americana e a um assessor de Trump ao recebe-lo ontem (29) em sua residência. A continência sempre deve partir do militar menor ao superior em hierarquia, segundo o código militar.

Para o futuro presidente a ideologia é, tanto ou mais, grave que a corrupção. Serão os bandidos, para ser postos na cadeia, os que pensarem diferente da tradição conservadora.

Deseja dar licença para o policial matar (excludente de ilicitude), a redução da maioridade penal, a liberação do uso de armas e na pauta da moral judaico-cristã a criação da ‘escola sem partido’.

No encontro que teve com a bancada feminina do Congresso (28), a senadora eleita, Mara Gabrilli (PSDB-SP), disse que “uma parcela do país está assustada com a ascensão dele ao poder”. Apelou ao futuro presidente que diferencie o discurso de “defesa dos direitos humanos” de “defesa de bandido” como alardeiam seus apoiadores. Para Mara, que é tetraplégica, é necessário valorizar os vulneráveis que são os que mais precisam do governo.

Não se ouve um discurso de Bolsonaro que fale dos pobres. Da mesma forma assim tem sido relegado o Congresso e o Judiciário este, por sinal, ameaçado de fechamento usando um cabo e um soldado segundo seu filho o Deputado Flávio Bolsonaro.

Entre os poderes da República deve prevalecer soberano o Executivo na nova vida nacional.

O governo Bolsonaro está bem estruturado e destinado a ter longa duração, inclusive, dispensando-o se for necessário. Já ir se acostumando com essa ideia é uma necessidade real do futuro Presidente. Suas palavras confirmam haver muita gente interessada em sua morte, inclusive pessoas próximas. Nem tomou posse e já entendeu que, na política conservadora, a conspiração é norma habitual.

Das forças que compõem seu governo, Paulo Guedes (financeirização da economia), Sérgio Moro (repressão jurídico-p0licial), Evangélicos (moral judaico-cristã) e Militares são esses últimos, os menos egoístas e patriotas. São eles que garantem a esperança da nação na defesa da soberania nacional, da democracia e da constituição. Os militares são os únicos capazes de enfrentar as ameaças a esses fundamentos do Brasil e impedir de se tornar uma colônia de saques financeiros e de suas riquezas naturais.

Se necessário que o darwinismo e a lei do mais forte prevaleça sobre a nação.