IDEOLOGIA DA MEDIOCRIDADE
Não é necessário ser intelectual, sabido, bambambã, a cultura popular ensina que águas passadas não movem moinho.
Bola pra frente! – é o conselho da experiência para sair do buraco.
Se o prefeito Gil Helou colocasse a culpa dos problemas do município em Toninho Nogueira, este em Ambar e, por sua vez, em Geraldinho que utilidade teria para Águas de Lindóia? Esse andar para trás como caranguejo chegaria ao Dr. Tozzi. Restaria apenas ele. A conclusão seria que não devia ter fundado a cidade.
Não há herói, não há super-homem, não há mito, todos têm qualidades e defeitos como todos os homens. Acertam, erram, são submetidos ao julgamento popular.
A essência da democracia é o poder do povo.
O vencedor já deve estar consciente de que não é herói coisa nenhuma.
A partir do dia da posse seu telhado é de vidro. A frase que se ouve sobre as eleições de 2018 já é “como eu me enganei. Não pensava que fosse isso”
O Gil recebeu a Prefeitura em dívidas, toda população sabe.
Estabeleceu como prioridade o pagamento e pagou.
Tanto Toninho Nogueira que deixou a conta como Gil que pagou mostram, claramente, que o orçamento da Prefeitura é insuficiente.
Há um outro modo de dizer isso, os recursos são limitados para necessidades ilimitadas. Elas são próprias da vida do cidadão como saúde, educação, infraestrutura, pagamento de pessoal, manutenção de ruas, parques e jardins.
O Prefeito ou gasta só o que recebe e deixa muita coisa a desejar. Ou, gasta mais do que recebe, agrada, mas deixa dívida.
É bola ou bolinha, tem que escolher, como no jogo de boxe.
O ciclo vicioso vai de um prefeito para outro. A administração municipal vive a mesma situação do desempregado, economizar o almoço para comer na janta.
Como carro no atoleiro, para sair dele, o remédio caseiro é aumentar a arrecadação ou, tomar remédio forte para reduzir o tamanho da Prefeitura.
A solução caseira de Águas de Lindóia está na comercialização da água-mãe. Na dinamização do Balneário tornando-o lucrativo e socialmente útil. Significa tirar o Balneário do isolamento que se encontra por vigorosa campanha publicitária e acreditar que o Balneário e a Água têm grande potencial para gerar riqueza.
O remédio é amargo é seguir a orientação que o ministro da economia, Paulo Guedes, tem dado para o Brasil.
Estabelecer um teto de gasto, doa a quem doer. Reduzir o tamanho da Prefeitura passando para a iniciativa privada (privatização) as atividades como do SAAE, do Balneário, pela concessão do uso da água mineral entre outras. Promover o corte de funcionários e reduzir os salários no futuro. Além disto a Prefeitura aproveitaria os benefícios dados para os empresários pela reforma trabalhista e reforma previdenciária.
Este caminho ainda não se sabe ainda onde vai dar.
Ele está baseado em análises e projeções incertas. De qualquer forma Águas de Lindóia estaria unindo seu destino ao do Brasil. Se tornando cidade moderna de economia neoliberal, assim como se pretende com o país em relação ao mundo capitalista, e aprendendo a conviver com o desemprego.
Se Paulo Guedes tivesse seguido o exemplo do Gil teria estabelecido como prioridade acabar com o desemprego de 13 milhões de brasileiros.
Mas, não é prioridade do governo fazer investimentos para gerar empregos. Em consequência a arrecadação diminui, é obrigado a gastar menos e a situação fica como quem não vai porque não pode e não pode porque não vai.
Não cola mais a ladainha do “tudo é culpa do PT” ou, tampar o Sol com a peneira para as abobrinhas diárias do presidente que já dá um livro, “Pensamentos de Jair Bolsonaro”, defender que ele é “autêntico”.
Durante a terrível queimada da Amazônia um jornalista perguntou a ele sobre os planos para o meio ambiente. Descambou em baixaria na resposta:
“Fazer cocô dia sim dia não”.
A ideologia da mediocridade pode pegar, 15% já estão contaminados (Datafolha, 02.09).