O FUTURO ESTÁ NO PASSADO

O FUTURO ESTÁ NO PASSADO

Algum motivo importante foi a causa do mau resultado do chamado megaleilão promovido pelo ministro Paulo Guedes para a venda de áreas do pré-sal.

Quatro áreas foram ofertadas e apenas duas foram vendidas.

Os compradores foram a Petrobrás, empresa estatal nacional responsável por 90% da arrecadação do leilão em consórcio com uma empresa estatal chinesa com 10% restantes.

Paulo Guedes, Ministro da Economia, esperava a entrada de capital estrangeiro da ordem de R$ 106 bilhões ficou com R$ 6,8 bilhões dos chineses, algo em torno de 6,4% do esperado.

Empresas multinacionais como Shell, Chevron, Engevix, Exxon Mobil, Repsol entre outras, não se interessaram.  

O fracasso não foi total por ter sido salvo por empresas estatais do Brasil e da China. A ironia é fantástica.  

Paulo Guedes o Posto Ypiranga, que funciona como presidente executivo do Brasil, está determinado a liquidar as estatais. Bolsonaro, presidente ideológico, terá que suportar a China Comunista como maior parceiro. Por fim, a Petrobras, vítima da Lava Jato que diziam estar quebrada se mostrou sólida, estruturada e competitiva.

A Petrobras, maior empresa nacional que se coloca entre as maiores petroleiras em nível mundial, surgiu do “O Petróleo é Nosso” de Monteiro Lobato e Getúlio Vargas. Sai agora em defesa do lema que pertence à alma brasileira e evita a megadecepção do governo com o fracasso do megaleilão antinacional.

Muitos ensinamentos se tiram desses fatos o principal é recordar a antiga lição, aquela que há muito tempo se sabe, a solução do Brasil está no petróleo.

A descoberta do pré-sal colocou o Brasil entre as maiores bacias de petróleo do mundo equiparando com as do Oriente Médio e Venezuela. Ao mesmo tempo, desenvolveu a tecnologia mais avançada do mundo na exploração de petróleo em águas profundas. A política econômica patriótica é a implementação de refinarias, sistema de distribuição e manter toda cadeia produtiva sobre controle estatal, mesmo que parte seja delegada à livre iniciativa. O que não é aceitável é a atividade particular não ter limites como defende Paulo Guedes.

O IBGE (03/10), mostrou mais um quadro revoltante da realidade brasileira: 13 milhões de brasileiros sobrevivem com R$ 778,00 mensais, outros 16 milhões com RS 411,00 mensais por pessoa e metade da população está obrigada a sobreviver com o equivalente a menos da metade de um salário mínimo. Pessoas na extrema pobreza (os que vivem com menos que R$ 7,00 por dia), atingiram no ano passado 6,5% da população brasileira, maior patamar desde o início da pesquisa em 2012.

A venda do pré-sal é crime. A afirmação não é exagerada diante da cruel realidade social do país.

A riqueza do pré-sal é a única e mais viável esperança de emancipação nacional, de sua dívida e a da superação dos seus graves e crônicos problemas sociais.

O futuro do Brasil está no passado.

Na defesa do petróleo é nosso e da nacionalização da Petrobras como garantia e segurança dos recursos necessários para a vida nacional. O pré-sal se encaixa, perfeitamente, na velha história da galinha dos ovos de ouro. Privatizá-la seria o mesmo que matar a galinha.

O que é bom para o Brasil é bom para Águas de Lindóia. E vice-versa.

Seguindo a moda empresarial de gestão, em que o dinheiro vale mais que o cidadão, se ouve dizer em privatização do Balneário, do SAAE (Saneamento Ambiental de Águas de Lindóia), da água que abastece o município. Se essa maluquice de Paulo Guedes vingar aqui se estará diante da campanha “A Água é Nossa”. A solução dos problemas sociais do município, em tudo parecido com os índices e taxas do Brasil, o fio da meada está na água e no Balneário. Somente recriando o turismo de saúde com ampliação dos serviços médicos, ensino especializado, repouso e cura haverá emprego e renda suficientes para o crescimento populacional.

O futuro de Águas de Lindóia está no passado.